Um estudo sobre crianças que exercem trabalho doméstico revela que os envolvidos na atividade, na África Subsaariana, são muitas vezes órfãos de um dos progenitores.
O relatório “Acabar com o Trabalho Infantil no Serviço Doméstico” refere que em algumas sociedades do continente foi legitimada a noção de empregadores de trabalhadores infantis domésticos como benfeitores.
Família
O relacionamento é tido como “adoção” quando se trata de estranhos ou “promoção” quando envolve membros da família, revela a pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A Etiópia é destacada como um dos principais países de origem das crianças traficadas para o Oriente Médio.
De acordo com o informe, etíopes pobres vendem os seus filhos a traficantes por valores como US$ 1,2. Estes, por sua vez, podem usar os menores para a prostituição, trabalho doméstico ou como tecelões e mendigos profissionais.
Meninas
O estudo indica que 10,5 milhões de crianças realizam serviço doméstico no mundo inteiro, sendo sete em cada 10 meninas entre 5 e 14 anos.
O documento realça o envolvimento dos menores em trabalhos em casas de terceiros ou do empregador, tendo como tarefas mais comuns a cozinha, limpeza e engomar roupas.
Adolescentes
O relatório foi lançado para marcar o Dia Internacional Contra o Trabalho Infantil, em 12 de junho. O apelo é que haja ação nacional e internacional, conjunta e organizada, para eliminar o trabalho infantil no serviço doméstico.
Além dos 10,5 milhões de crianças citados pelo documento, a OIT afirma que outros 5 milhões de adolescentes, entre 15 e 17 anos, estão envolvidos em algum tipo de serviço doméstico pago ou não, no mundo inteiro.
Fonte: Rádio ONU, com alterações
Texto: Edgard Júnior
Data original da publicação: 12/06/2013