O Dia Mundial para Segurança e Saúde no Trabalho, celebrado esta quinta-feira, 28 de abril, tem como tema este ano o “Estresse no trabalho: um desafio coletivo”.
A data é observada pela Organização Internacional do Trabalho, OIT, desde 2003. O estudo da agência da ONU sobre o assunto revela que as perdas globais relacionadas ao estresse no local de trabalho em todo o mundo são gigantescas.
Mortes e Doenças
Todos os anos, aproximadamente 2 milhões de homens e mulheres, cerca de 5,4 mil por dia, morrem devido a acidentes e doenças relacionados ao seu local de trabalho. Além disso, são registrados 270 milhões de acidentes ocupacionais e 160 milhões de doenças também ocupacionais.
Os custos com tudo isso chegam a US$ 2,8 trilhões, o equivalente a quase R$ 10 trilhões, em faltas no trabalho, despesas com tratamentos, compensação e reabilitação.
Para a ONU, mortes, acidentes e doenças nos locais de trabalho são evitáveis e a sociedade, como um todo, tem a obrigação de agir.
No mundo atual, muitos trabalhadores enfrentam uma pressão cada vez maior para cumprir as exigências da vida moderna nos empregos.
Competição e Expectativas
Segundo a ONU, o aumento da competição, altas expectativas sobre o desempenho profissional e longas horas na empresa estão contribuindo para transformar o local de trabalho num ambiente “estressado”.
Os especialistas dizem que o estresse no trabalho é reconhecido, de uma forma geral, como uma questão global que afeta todos os países, todos os trabalhadores de todas as profissões, em nações desenvolvidas ou em desenvolvimento.
Dados da OIT mostram que no Japão, por exemplo, 32,4% dos trabalhadores disseram que sofrem de forte ansiedade, preocupação e estresse no local de trabalho. No Chile, em 2011, o índice atingiu 27,9%.
Sugestões
A agência da ONU afirmou que os resultados são praticamente os mesmos em todos os países.
Para reduzir o problema, a organização faz várias sugestões como trabalhos de prevenção, atuando nas causas e consequências do estresse.
Além disso, deve ser dada uma atenção maior ao processo de inclusão, abrindo espaço para que os funcionários participem das decisões da firma, quando possível.
Fonte: Rádio ONU
Texto: Edgard Júnior
Data original da publicação: 28/04/2016