Empresas recuperadas por trabalhadores no Brasil e na Argentina

Autor: Flávio Chedid Henriques
Orientadores: Ana Clara Torres Ribeiro (in memorian), Laura Tavares Ribeiro Soares e Michel Jean-Marie Thiollent
 Ano: 2013
 Tipo: Tese de Doutorado
 Instituição: Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional. Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional
 Repositório: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRJ
 Resumo: Esta tese tem como objeto de pesquisa a organização do trabalho de empresas que passaram por processos de falência e foram reativadas por seus trabalhadores. Essas experiências, conhecidas como Empresas Recuperadas por Trabalhadores (ERTs), representaram a manutenção de milhares de postos de trabalho no Brasil e na Argentina desde a década de 1980, sobretudo no setor industrial. O objetivo desta pesquisa é caracterizar a prática da recuperação de empresas nesses dois países, por meio de dados gerais obtidos em levantamentos, e identificar a potencialidade que tem algumas de suas iniciativas mais avançadas politicamente para questionar a organização capitalista do trabalho, por meio de estudos de caso. Embora tenha sido evidenciada a influência exercida pelo modo de produção capitalista na estruturação das ERTs, os resultados da pesquisa apontam para a existência de rupturas parciais em diversos aspectos característicos da organização capitalista do trabalho, quais sejam: o controle externo da atividade de trabalho, que dá lugar ao controle exercido pelo próprio operador, regulado por um coordenador de produção ou líder de setor; a expropriação do saber do trabalhador, que passa a ter maior conhecimento da totalidade do processo produtivo; a intensificação do ritmo de trabalho, uma vez que este é definido pelo próprio operador, o que também resulta em um menor índice de acidentes; e a instrumentalização do conceito de trabalho, que se amplia para atividades que estão para além das produtivas, simbolizadas nos casos estudados por alterações no espaço físico e vinculações com movimentos sociais.
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