Empresas de vestuário acordam novas normas de segurança em fábricas de Bangladesh

As empresas de confecção Benetton (da Itália), Index (da Espanha, dona da marca Zara), Marks & Spencer (Reino Unido) e H&M (da Suécia) negociaram com autoridades de Bangladesh um acordo trabalhista três semanas após o desabamento de um prédio comercial, que resultou na morte de 1.127 pessoas na capital Dacca. Pelo protocolo, um inspetor chefe independente será responsável por elaborar e implementar um programa de inspeção de segurança para incêndios nas fábricas em funcionamento no país.

No edifício funcionavam cinco fábricas de roupas e tecidos. Segundo relatos, o prédio já apresentava rachaduras, mas os proprietários não aceitaram suspender as atividades no local.

A relação dos signatários do acordo não foi divulgada, mas há informações que representantes da empresa norte-americana PVH (que representa Tommy Hilfiger e Calvin Klein), da alemã Tchibo e das britânicas Tesco e Primark também assinaram o documento.

Pelo acordo, peritos farão uma avaliação das normas e dos regulamentos aplicados atualmente nas fábricas de roupas em Bangladesh. O presidente da Associação dos Exportadores e dos Fabricantes Têxteis de Bangladesh, Atiqul Islam, elogiou os termos do acordo e lembrou que a entidade por ele representada fala em nome de 4.500 unidades.

“Se eles se propõem a ajudar para reparar, modernizar ou consolidar as nossas fábricas, isso é bom para todos. Isso reflete o compromisso a longo prazo para com Bangladesh”, disse. “Vamos trabalhar em conjunto. Queremos tirar lições da tragédia do Rana Plaza [nome do prédio que desabou]. Saudamos essa decisão positiva”, disse Islam.

Bangladesh é o segundo maior produtor de roupas do mundo, atrás apenas da China, e a indústria têxtil constitui a base da sua economia. Em 2012, a indústria de roupas gerou aproximadamente 20 bilhões de dólares para a economia do país, o que corresponde a 80% das exportações.

Fonte: Opera Mundi, com Agência EFE
Data original da publicaçã: 15/05/2013

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