A criação de empregos formais em 2013 foi maior do que no ano anterior e chegou a quase 1,5 milhão de vagas (exatos 1.489.721), segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgada na segunda-feira (18/08) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A variação foi de 3,14%, elevando o estoque para 48,9 milhões, mais que o dobro de 20 anos atrás – em 1994, o número de vagas chegava a 23,7 milhões.
Nestes últimos 20 anos, os piores resultados da Rais foram registrados em 1995 e 1996, quando a soma dos empregos criados atingiu 163 mil. Foram variações de 0,37% e 0,31%, respectivamente.
Melhor do que em 2012, o emprego formal ficou aquém de quase todo o período iniciado em 2003. Em três anos (2007, 2010 e 2011), o saldo foi superior a 2 milhões. No melhor ano, 2010, chegou a 2,8 milhões, crescimento de 6,94%.
Entre os setores, houve “expansão generalizada do emprego”, segundo o MTE. O destaque foi o setor de serviços: 558.628 vagas, crescimento de 3,46%. A administração pública teve saldo de 402.966 (4,51%), enquanto o comércio abriu 284.939 (3,09%). A indústria de transformação melhorou em relação a 2012 e criou 144.411 postos de trabalho formais (1,77%), quatro vezes mais do que no ano anterior. Desempenho inferior tiveram a construção civil, com 59.987 vagas (2,12%), e a agricultura, com 15.307 (1,05%).
Segundo os dados da Rais, a dinâmica foi dada, principalmente, pelo emprego estatutário, que cresceu 4,85%, o correspondente a 415 mil postos de trabalho. O emprego celetista subiu 2,76% – 1,075 milhão.
No recorte por gênero, o nível de emprego entre as mulheres cresceu 3,91%, ante 2,57% para os homens. Com isso, a participação da mão de obra feminina aumentou de 42,47%, em 2012, para 42,79%.
Os resultados da Rais mostram ainda diminuição do emprego para trabalhadores analfabetos ou com menos escolaridade – cresceu a participação da faixas com ensino médio em diante. Dos empregos criados em 2013, aproximadamente 600 mil foram para trabalhadores com ensino superior completo e 1,1 milhão, para aqueles com ensino médio completo.
O rendimento médio teve aumento real (acima da inflação) de 3,18% em relação a dezembro de 2012, atingindo R$ 2.265,71. A referência é o INPC-IBGE.
Fonte: Rede Brasil Atual
Texto: Vitor Nuzzi
Data original da publicação: 18/08/2014