A quantidade de pessoas sem atividade remunerada continuou a aumentar em fevereiro na França. São mais 18.400 desempregados, totalizando 3,187 milhões de inscritos nas agências oficiais do país. Os números foram divulgados nesta terça-feira (26), pelo Ministério do Trabalho. Logo em seguida, o presidente francês, François Hollande, reafirmou a intenção de inverter a curva do desemprego até o final do ano.
Em um ano, o aumento foi de 10,8%. Trata-se do 22° mês consecutivo de alta do desemprego. Contrariando expectativas e temores, o número total de desempregados ficou abaixo do recorde de 1997, de 3,195 milhões de pessoas.
Segundo o Pôle Emploi, a agência oficial de apoio à inserção no mercado de trabalho, o “desemprego em massa é uma tendência pesada que é preciso reverter”. François Hollande declarou que inverter a tendência “não é um problema de convicção, de crença, mas é uma vontade, um objetivo”. E para isso, o presidente francês voltou a bater na tecla do crescimento como forma de combater o problema. “É uma batalha na qual me engajo não só no plano nacional, mas também europeu”, afirmou Hollande.
Nenhuma região da França foi poupada. Entre os desempregados atuais, 16% recebem um auxílio mínimo, o chamado RSA, e mais de dois milhões estão sem trabalho há mais de um ano, um dado inédito.
O número de pessoas que estão desempregadas há muito tempo aumentou 1,4% em relação a janeiro e mais de 14% em um ano. Os desempregados com mais de 50 anos foram particularmente atingidos: mais 0,9% em um mês, mais 16,6% em um ano. Os jovens com menos de 25 anos foram menos afetados: o número de desempregados nessa faixa aumentou 0,6% de janeiro para fevereiro e 10% em um ano.
Fonte: Rádio França Internacional
Data original da publicação: 26/03/2013