As negociações entre a Associação de Mineiros da África do Sul (AMCU) e empresas produtoras de platina foram retomadas na quinta-feira (13) em busca de uma solução para a greve massiva declarada desde 23 de janeiro deste ano.
A Comissão de Conciliação, Mediação e Arbitragem – um órgão do governo – explicou que ainda que ambas as partes tenham pedido mais tempo para estudar as propostas e consultar seus representados, está previsto um acordo para a próxima semana.
A AMCU convocou o protesto de trabalhadores que exigem uma duplicação de salários; a patronal alega que se trata de uma exigência exagerada e irreal, devido a uma recessão na indústria, e propuseram um aumento de salários de 9,1%.
Os operários responderam que não era suficiente, lembram que muitos executivos recebem ajuda de custo de valor exorbitante e as conversas se estancaram novamente há cinco dias.
As empresas afetadas pela greve de mais de 70 mil trabalhadores são Lonmin, Anglo American Platinum e Impala Platinum, as maiores da África do Sul neste campo metalúrgico.
A África do Sul detém ao redor de 80% das reservas globais do metal e gera mais de dois terços da produção primária deste produto no âmbito internacional.
Este setor trabalhista abarca cerca de 134 mil operários em todo o país. A platina é utilizada principalmente em conversores catalíticos de automóveis, para discos duros de computadores e obturações dentais.
Os operários exigem salários de 12 mil rands mensais (cerca de 1.200 dólares). A África do Sul tem um salário mínimo médio de três mil rands ao mês (300 dólares), e a remuneração regular para o setor da mineração são de cinco mil rands (500 dólares).
As corporações informaram que estão perdendo 100 milhões de rands (10 milhões de dólares) ao dia devido à paralisação de filiados a AMCU.
Fonte: Prensa Latina, com ajustes
Data original da publicação: 13/02/2014