“Ao analisar as condições de trabalho no universo de pessoas que conseguiram uma colocação profissional no trimestre percebemos a continuidade dos efeitos negativos da conjuntura econômica recessiva sobre o mercado de trabalho”, critica em nota o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
“Quando ao tipo de categoria do emprego, segundo definição da pesquisa do IBGE, podemos observar que a regra dos empregos gerados é na informalidade, com o crescimento de 4,6% dos empregados no setor privado sem carteira assinada e de 1,6% dos trabalhadores por conta própria”, continua o comunicado do órgão, ligado à CUT.
O trabalho doméstico se manteve estável e o que mais chama atenção: o emprego no setor privado com carteira assinada teve redução de 2,9%.
Outro indicador de piora nas condições de trabalho é o rendimento.
O “rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos” registrou o valor de R$ 2.106,00 no trimestre de maio a julho de 2017, valor levemente menor do que o verificado no trimestre anterior, quando ficou em R$ 2.111,00.
Apenas aqueles trabalhadores com carteira de trabalho assinada registraram crescimento no rendimento médio (3,6%), o que sugere que o resultado geral de estagnação, é consequência da queda dos rendimentos entre as outras categorias de emprego, como os trabalhadores sem carteira, os trabalhadores por conta própria e as trabalhadoras domésticas, que além de vínculos de trabalho precários, também observam uma redução média em seus rendimentos.
Confira aqui a íntegra do comunicado do Dieese.
Fonte: Brasil 247
Data original da publicação: 04/09/2017