No próximo 8 de março, Dia Internacional da Mulher, feministas, sindicalistas e movimentos sociais de diversos setores realizam grande ato unificado na Praça da Sé, centro de São Paulo. Na pauta dos movimentos, além das bandeiras históricas, como a luta pelo fim da violência contra a mulher, a igualdade salarial e o direito ao aborto, a resistência contra a reforma da Previdência proposta pelo governo Temer também deve ganhar destaque.
“Vamos às ruas em forma de protesto, primeiro contra as condições de trabalho, que são péssimas para as mulheres: a nossa dupla jornada, a falta de políticas necessárias para que a gente possa competir em igualdade no mercado de trabalho, os baixos salários – a questão da equidade de remuneração entre homens e mulheres, que não existe em nenhum lugar do mundo”, explica a secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Juneia Batista, em entrevista à repórter Soraia Fessel, para o Seu Jornal, da TVT.
Com a reforma de Temer, as mulheres podem perder o direito de se aposentar cinco anos antes, conquistado devido à dupla jornada de trabalho. Segundo Juneia, as trabalhadoras rurais devem ser as mais prejudicadas. Antes de se juntarem ao ato unificado, as mulheres da CUT devem fazer protesto em uma das agências do INSS, para simbolizar a luta pelo direito à aposentadoria.
“Junto com essa questão da aposentadoria, da reforma da Previdência, a gente está pautando questões que são históricas do movimento feminista. A luta pelo direito das mulheres de terem uma vida sem violência, a luta pela descriminalização do aborto”, detalha Thaís Lapa, integrante da Marcha Mundial das Mulheres.
Na região do ABC, a Marcha Mundial das Mulheres também prepara mobilização para o sábado (11), na Praça Lauro Gomes, em São Bernardo do Campo, a partir das 9h30, com caminhada no centro da cidade e distribuição de material para alertar sobre os efeitos da reforma da Previdência para as mulheres, dentre outros temas.
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Fonte: Rede Brasil Atual
Data original da publicação: 01/03/2017