Resumo: | A presente dissertação tem como objetivo analisar as formas de resistência coletiva dos trabalhadores da Universidade de São Paulo (USP) através do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (SINTUSP) frente o desmonte da seguridade social e, especificamente, analisar as estratégias diante das negativas do benefício auxílio-doença do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Considerando o trabalho enquanto categoria fundante do ser social, são apresentadas as contradições inerentes ao modo de produção capitalista e a reestruturação produtiva como forma de resposta para a crise do capital. Esta dissertação busca problematizar a relação entre trabalho, saúde do trabalhador e previdência social, bem como a política previdenciária no governo Dilma e Temer. Trata-se de pesquisa de natureza qualitativa, instrumentalizada por levantamento documental e entrevista semiestruturada, por meio da qual procurou, mediada pela teoria social do legado marxiano, apreender elementos que conduzissem à compreensão do problema de pesquisa proposto. A análise de todos os boletins/ jornais publicados pelo SINTUSP no ano de 2016 e a realização de entrevistas com os diretores do sindicato possibilitou inferir que a atual reitoria da USP segue os ditames do neoliberalismo, precarizando, flexibilizando e terceirizando o quanto pode o trabalho e, como consequência, adoecendo os trabalhadores. Aborda-se a trajetória de lutas e de intervenções políticas do SINTUSP, sendo que a análise dos boletins pôde situar as questões políticas, econômicas, sociais e culturais vivenciadas pelos trabalhadores na contemporaneidade. A pesquisa resultou na compreensão de que somente através da organização política dos trabalhadores e de estratégias coletivas de resistência ao desmonte do sistema previdenciário brasileiro será possível reverter o atual quadro de adoecimento dos trabalhadores. |