Em alta no primeiro trimestre, o desemprego sobe na maior parte das unidades da federação, segundo o IBGE, com predominância do desalento na região Nordeste e de trabalhadores informais no Norte, embora a precarização aconteça em todo o país. A taxa média de desemprego foi de 12,7% no primeiro trimestre, mas chegou a 20,2% no Amapá e a 18,3% na Bahia, caindo para 7,2% em Santa Catarina e 8% no Rio Grande do Sul. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, o desemprego aumentou em 14 das 27 unidades em relação ao final de 2018.
Ainda em comparação com o último trimestre de 2018, a taxa subiu em todas as regiões. Subiu de 14,3% para 15,3% no Nordeste e de 12,1% para 13,2% no Sudeste, por exemplo. Atingiu 13,1% no Norte, 10,8% no Centro-Oeste e 8,1% na região Sul.
A chamada taxa de subutilização, que inclui as pessoas que gostariam de trabalhar mais, de 25% na média nacional atingiu 41,6% no Piauí, 41,1% no Maranhão e 40,4% na Bahia. Foram menores em Santa Catarina (12,1%), Rio Grande do Sul (15,5%) e Mato Grosso (16,5%). No total, são 28,3 milhões de pessoas nessa situação, recorde da série histórica.
Já os desalentados – 4,8 milhões no país – concentram-se mais em estados do Nordeste: são 768 mil apenas na Bahia e 561 mil no Maranhão. A média do país é de 4,4%, também recorde, mas sobe a 17,9% no Maranhão e a 16,5% em Alagoas, caindo para 1,2% no Rio de Janeiro e 0,9% em Santa Catarina.
No recorte por ocupação, o Brasil tinha no primeiro trimestre 11,1 milhões de pessoas sem carteira assinada no setor privado. Eram 91,9 milhões de ocupados, sendo 67% empregados (com ou sem carteira), 4,8% empregadores e 25,9% de trabalhadores por conta própria, entre outros. Esse último grupo sobe para 33,7% na região Norte e 29,3% no Nordeste.
Fonte: RBA
Data original da publicação: 16/05/2019