Desempenho da ocupação nas regiões metropolitanas em outubro

Eduardo Miguel Schneider

Em outubro, a ocupação apresentou declínio nas regiões metropolitanas de Fortaleza (-1,0%), de Porto Alegre (-0,8%) e no Distrito Federal (-1,5%). Nas regiões metropolitanas de Salvador e São Paulo o nível ocupacional variou positivamente em, respectivamente, 1,0% e 0,3%. Afastando os efeitos sazonais, a comparação dos últimos resultados em relação aos registrados em igual período do ano anterior confirma tendência de redução da ocupação em todas as regiões investigadas, com destaque para as regiões metropolitanas de Fortaleza (-4,0%) e Salvador (-3,5%).

Em três das cinco regiões pesquisadas a taxa de desemprego ficou estável em outubro, como resultado da expansão ocupacional (Salvador e São Paulo) e da saída de trabalhadores do mercado de trabalho (Porto Alegre). Na Região Metropolitana de Fortaleza e no Distrito Federal a taxa aumentou.

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Já a tendência da taxa de desemprego total nos últimos 12 meses permaneceu de crescimento em todas as regiões metropolitanas com informações disponíveis. Os maiores aumentos ocorreram nas regiões metropolitanas de Porto Alegre e São Paulo.

Em setembro, o Rendimento médio real dos ocupados reduziu em quase todas as regiões pesquisadas – somente no Distrito Federal observou-se aumento. Também a tendência do rendimento médio real nos últimos 12 meses foi de declínio em todas as regiões, com destaque para a forte retração experimentada na Região Metropolitana de São Paulo (-10,4%). Em termos de valores absolutos, o Distrito Federal registrou o maior rendimento e Fortaleza o menor.

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Nos últimos 12 meses findos em setembro, a massa de rendimentos reais dos ocupados declinou em todas as regiões metropolitanas com dados disponíveis. Nessas regiões, a diminuição da massa de rendimentos foi determinada, em maior medida, pelo declínio nos rendimentos médios reais e, em menor, pela retração na ocupação. Cabe destacar a expressiva redução da massa de rendimentos na Região Metropolitana de São Paulo (-12,9%), sobretudo ao considerar o seu peso no mercado de trabalho metropolitano nacional.

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Eduardo Miguel Schneider é economista, técnico licenciado do Dieese; doutorando em Economia do desenvolvimento no PPGE/UFRGS/Bolsista CNPq.

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