Quando os jovens tiverem empregos decentes, peso político, força de negociação e influência real no mundo, eles vão criar um futuro melhor, disse na segunda-feira (01/06) o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, abrindo um evento de alto nível sobre empoderamento da juventude através do emprego.
“A falta de empregos alimenta a insegurança. Um país com alta taxa de emprego pode ter uma riqueza de estabilidade. Os jovens são forçados a suportar o impacto de conflitos. Deve ser dada a eles a oportunidade de carregar a bandeira da paz “, disse Ban Ki-moon à Assembleia Geral. “O mundo tem agora a maior geração de jovens da história. Eu coloco grandes esperanças em seu poder para moldar o nosso futuro. Eles fazem parte da primeira geração que pode acabar com a pobreza e a última que pode evitar os piores impactos da mudança climática.”
O chefe da ONU, que foi acompanhado por vários ministros, apontou que cerca de 74 milhões de pessoas no mundo ainda não conseguem encontrar trabalho. A campanha #YouthNow – que Ban Ki-moon lançou em fevereiro – gerou quase um bilhão de engajamentos digitais e demonstra a importância das questões da juventude. Ele destacou a ligação entre o desenvolvimento e a paz e pediu poder para os jovens para tratar de questões de segurança. Também é fundamental investir em mulheres jovens e adolescentes meninas que enfrentam mais obstáculos do que os homens e rapazes e merecem apoio especial para aproveitar as oportunidades e reivindicar seus direitos, disse o secretário-geral.
Para ajudar a aproveitar o bônus demográfico, Ban Ki-moon propôs quatro etapas: primeiro, aumentar o acesso aos serviços de planejamento familiar e de saúde reprodutiva. Em segundo lugar, há uma necessidade de assegurar que os jovens recebam educação e formação de qualidade para atender às necessidades dos mercados de trabalho. Em terceiro lugar, é preciso haver investimentos com foco em direitos humanos e, por fim, os sistemas de proteção social devem ajudar a acabar com a pobreza e combater as desigualdades persistentes.
Fonte: ONU
Data original da publicação: 02/06/2015