Dirigentes de centrais sindicais se reuniram ontem (6), na sede da UGT, em São Paulo, para definir a pauta que será discutida no próximo dia 14 com o governo sobre a pauta reapresentada em 6 de março, durante marcha realizada em Brasília, que terminou com reunião com a presidenta Dilma Rousseff. Embora o Planalto não tenha incluído dois itens ao confirmar a reunião, os sindicalistas reafirmam que a redução da jornada e o fim do fator previdenciário seguem sendo questões prioritárias.
Também integram a pauta das centrais questões como reforma agrária, 10% do PIB tanto para o setor de educação como para a saúde, valorização das aposentadorias, regulamentação da chamada PEC das Domésticas, a PEC 72, e regulamentação das convenções 151 e 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), respectivamente sobre negociação coletiva no setor público e proteção contra dispensa imotivada.
O governo informou ter aceitado discutir temas como terceirização, rotatividade de mão de obra, informalidade do mercado de trabalho, políticas de medicamentos, principalmente para aposentados, fortalecimento do Sistema Nacional de Intermediação de Mão de Obra (Sine) e participação das centrais no Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) e no Pronacampo (Programa Nacional de Educação do Campo).
Estavam presentes ao encontro os presidentes da CTB, Wagner Gomes, da CUT, Vagner Freitas, da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, da Nova Central, José Calixto Ramos, e da UGT, Ricardo Patah. O tesoureiro do CGTB, Lindolfo Luiz dos Santos Neto, representou a entidade. Também participou o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio.
Em 2010, as seis centrais encaminharam aos candidatos documento contendo a chamada agenda da classe trabalhadora, com as principais questões que gostariam de ver encaminhadas. Com a avaliação de que a pauta não avançou, ou avançou pouco, desde o início do atual governo, as entidades organizaram uma marcha em março deste ano, com a expectativa – não unânime – de que o Executivo abrisse uma negociação que permitisse algum anúncio já no 1º de Maio, durante as atividades do Dia do Trabalho.
Em contatos na semana passada, Freitas obteve a confirmação de uma reunião no dia 14, com o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Esse primeiro encontro que o governo batizou de Mesa de Diálogo com as Centrais Sindicais está marcado para às 10h, no Palácio do Planalto.
Fonte: Rede Brasil Atual
Texto: Vitor Nuzzi
Data original da publicação: 06/05/2013