Após quatro dias de greve dos bancários, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) elevou a proposta de reajuste salarial de 7,35% para 8,5%, o que encaminha o movimento de paralisação para o final. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) orienta a categoria a aceitar o índice, que garante aumento real de 2,02%, nas assembleias que serão realizadas nesta segunda-feira (06/10) à tarde. A data-base é 1º de setembro.
Nos pisos, o reajuste proposto passou de 8% para 9%, o que representa ganho de 2,49% acima da inflação. O vale-refeição teve elevação de 12,2%, chegando a R$ 572 ao mês, ou R$ 26 por dia útil. Já a participação nos lucros ou resultados (PLR) ficaria em 90% do salário mais R$ 1.837,99, com teto de R$ 9.859,93. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 21.691,82.
“O comando avalia que a proposta tem avanços e vamos indicar a aprovação em assembleias”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do comando nacional.
A proposta da Fenaban é de que os dias parados sejam compensados com uma hora extra de trabalho entre 15 e 31 de outubro para quem desempenha jornada de seis horas diárias, e uma hora entre 15 de outubro e 7 de novembro para quem tem jornada de oito horas.
Os representantes da categoria consideram que houve avanço em relação à cobrança de metas abusivas, que agora está proibida de ser realizada por SMS ou qualquer meio digital, incluídos sistemas de comunicação interna. A convenção coletiva deverá conter a mensagem de que “o monitoramento de resultados ocorra com equilíbrio, respeito e de forma positiva para prevenir conflitos nas relações de trabalho”, segundo informação divulgada pela Contraf.
No balanço do quarto dia de paralisação, a entidade informou que foram fechados 10.355 agências e centros administrativos, aumento de 57,6% em relação ao começo da greve.
Fonte: Rede Brasil Atual
Data original da publicação: 04/10/2014