Avanços para alcançar a igualdade de gênero ganharam força e iniciativas para aumentar a diversidade foram implementadas em empresas e organizações no mundo todo, mas um nível significativo de resistência e reações adversas permanece, de acordo com um grupo empresarial das Nações Unidas.
Paralelamente aos encontros da Comissão sobre a Situação das Mulheres, que ocorre na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, o Pacto Global da ONU – maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo – reuniu líderes empresariais para mesas-redondas. As conversas, que começaram na quinta-feira (14), têm objetivo de encontrar maneiras para superar os obstáculos para atingir a igualdade de gênero.
Avanços para alcançar a igualdade de gênero ganharam força e iniciativas para aumentar a diversidade foram implementadas em empresas e organizações no mundo todo, mas um nível significativo de resistência e reações adversas permanece, de acordo com um grupo empresarial das Nações Unidas.
Paralelamente aos encontros da Comissão sobre a Situação das Mulheres, que ocorre na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, o Pacto Global da ONU – maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo – reuniu líderes empresariais para mesas-redondas. As conversas, que começaram na quinta-feira (14), têm objetivo de encontrar maneiras para superar os obstáculos para atingir a igualdade de gênero.
Há muitos exemplos concretos do setor privado se movendo em uma direção positiva no que diz respeito à igualdade de gênero e atacando assédios sexuais e discriminações nos locais de trabalho. Entre essas medidas, estão a promoção da representação de mulheres em quadros corporativos, uma exigência para maiores investimentos em companhias detidas por mulheres e o reconhecimento da igualdade de gênero como uma questão empresarial essencial.
Outra poderosa afirmação de intenção é a Declaração de Apoio de CEOs aos Princípios de Empoderamento de Mulheres. A iniciativa do Pacto Global e da ONU Mulheres aborda as diversas maneiras que empresas podem avançar para a igualdade de gênero. Até o momento, mais de 2 mil líderes empresariais de todo o mundo assinaram os princípios e centenas de empresas estão utilizando esse guia em suas estratégias.
Por que há reações adversas?
A resistência a iniciativas para a igualdade de gênero tem sido identificada como um problema que precisa ser reconhecido e respondido. O Pacto Global da ONU identificou uma série de razões para as reações adversas.
Entre elas, estão uma falta de entendimento do tema, que pode ocorrer quando o caso empresarial para igualdade de gênero não é explicado adequadamente; regras de indústrias, onde há uma crença persistente de que algumas indústrias são mais adequadas para homens ou mulheres; e um medo de perda de oportunidades, status ou posição se houver ganhos feitos por mulheres em locais de trabalho.
“Não podemos permitir que sejam dados dois passos para trás para cada passo à frente”, disse Lise Kingo, CEO e diretora-executiva do Pacto Global da ONU, em comunicado. “Igualdade de gênero não é só a coisa certa a se fazer, mas também faz sentido no contexto empresarial. Conforme avançamos para o progresso, haverá pessoas que empurram para trás, se afastam ou não conseguem ver o valor de nossas ações para avançar com igualdade. Devemos continuar seguindo em frente”.
Igualdade de gênero: uma perspectiva do setor aéreo
O diretor-executivo da companhia aérea australiana Qantas, Alan Joyce, que participou das conversas, disse acreditar que, com o compromisso certo, empresas podem fazer muito para acelerar a igualdade de gênero e influenciar a sociedade.
Falando ao UN News após a cúpula de CEOs, Joyce disse que, em uma indústria com fortes estereótipos de gênero, a Qantas tentou mudar percepções, priorizando imagens de pilotos mulheres e tripulações formadas por homens. Além disso, o diretor afirmou que a meta da empresa é alcançar paridade de gênero entre novos pilotos da companhia dentro de 10 anos.
Segundo Alan, para alcançar esta meta, são necessárias grandes mudanças na sociedade. Pilotos precisam estudar na área de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, mas, atualmente, apenas 13% das meninas estão estudando disciplinas relacionadas a essas disciplinas nas escolas. No entanto, “não faz sentido”, disse, “culpar governo ou sociedade pelo ritmo lento de mudança, quando o setor privado pode fazer muito para influenciar mudanças”.
Fonte: ONU Brasil
Data original da publicação: 19/03/2019