Eduardo Miguel Schneider
Em fevereiro, a ocupação apresentou declínio em todas as regiões metropolitanas pesquisadas: -1,6% na Região Metropolitana de Porto Alegre, -1,4% nas regiões metropolitanas de Salvador e São Paulo, -1,2% no Distrito Federal e -0,9% na Região Metropolitana de Fortaleza. Afastando os efeitos sazonais, a comparação dos últimos resultados em relação aos registrados em igual período do ano anterior corrobora tendência de redução da ocupação em todas as regiões investigadas, com destaque para as regiões metropolitanas de Porto Alegre (-8,8%) e de Fortaleza (-5,8%).
A taxa de desemprego total aumentou em todas as regiões metropolitanas pesquisadas em fevereiro, com destaque para a Região Metropolitana de Salvador, onde a taxa atingiu 20,2% da PEA.
Também a tendência da taxa de desemprego total nos últimos 12 meses foi de forte crescimento em todas as cinco regiões pesquisadas. Os maiores aumentos ocorreram nas regiões metropolitanas de Porto Alegre e Fortaleza; ou seja, justamente naquelas onde se constata as menores taxas de desemprego.
Em janeiro, o Rendimento médio real dos ocupados declinou em quase todas as regiões metropolitanas. Somente na Região Metropolitana de Salvador os rendimentos permaneceram estáveis. Também a tendência do rendimento médio real nos últimos 12 meses foi de redução em todas as regiões investigadas, com destaque para a retração real de 8,8% ocorrida na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Nos últimos 12 meses findos em janeiro, a massa de rendimentos reais dos ocupados declinou em todas as regiões metropolitanas aqui consideradas. Nessas regiões, a diminuição da massa de rendimentos foi determinada pelo impacto conjunto do declínio nos rendimentos médios reais e na ocupação. Cabe destacar que a maioria das regiões observaram retrações em suas massas de rendimento reais que atingiram dois dígitos.
Mais informações em http://www.dieese.org.br/analiseped/ped.html.
Nota
[*] Regiões metropolitanas pesquisadas: Fortaleza, Porto Alegre, Salvador, São Paulo e no Distrito Federal.Eduardo Miguel Schneider é economista, técnico licenciado do Dieese; doutorando em Economia do desenvolvimento no PPGE/UFRGS/Bolsista CNPq.