A desigualdade nos Estados Unidos bateu recordes, em 2016. No ano passado, 38,6% da riqueza do país ficou sob controle de apenas 1% da população americana. A conclusão é da Reserva Federal, que publicou, esta quarta-feira, um relatório sobre a matéria.
Os cidadãos que fazem parte dos 90% menos ricos tiveram acesso a somente 22,8% dos recursos, quase metade daqueles detidos pelo topo. Em 1989, esta mesma faixa populacional detinha um terço da riqueza total, tendo perdido quase 8%, nas últimas décadas.
No que diz respeito ao rendimento global, esses 90% dos americanos ganham agora menos da metade do que o país produz. Os mais ricos (1%) arrecadaram, em 2016, 23,8% desses rendimentos. As boas notícias ficam-se pela classe média, cuja receita cresceu 3,2%, de acordo com a CNN Money.
O agravamento das desigualdades ficou-se a dever à explosão da bolsa com o valor das carteiras de ações a subir “dramaticamente”, refere a Reserva Federal. Essa riqueza não está, no entanto, acessível para a grande maioria da população americana. Enquanto 93,6% dos mais ricos detém ações, apenas metade dos 50% mais pobres investem na bolsa.
O relatório é divulgado na mesma semana em que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, apresentou a sua nova proposta fiscal. Além da redução dos impostos para as empresas (IRC baixa de 35% para 20%), Trump sugeriu o aumento das deduções fiscais para famílias com filhos e a criação de uma nova dedução para adultos dependentes (idosos ou doentes).
Fonte: Eco
Data original da publicação: 27/09/2017