Greve geral na Itália reúne 500 mil trabalhadores

Fotografia: CGIL
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Mais de 500 mil pessoas aderiram à greve geral na Itália na 6ª feira (29.nov.2024). Convocada pela CGIL (Confederação Geral Italiana do Trabalho) e pela UIL (União Italiana do Trabalho), a paralisação foi convocada em protesto ao Orçamento de 2025, proposto pela primeira-ministra Giorgia Meloni (Irmãos da Itália, direita).

As intuições trabalhistas consideram o orçamento de Meloni “completamente inadequado” para resolver os problemas da Itália. Entre as reivindicações estão: aumento do poder de compra dos salários e pensões, financiamento da saúde, da educação, dos serviços públicos e políticas industriais.

Ao final do dia, a CGIL avaliou a greve como “bem sucedida”. “O mundo do trabalho abraçou os motivos da nossa mobilização. O apoio à greve foi superior a 70% e meio milhão de pessoas saíram às ruas em mais de 43 manifestações pacíficas e democráticas”, escreveu a confederação em nota. “

[A lei orçamentária] não responde às necessidades do país e dos cidadãos e as praças lotadas de hoje demonstraram isso. Aumentar salários e pensões, financiar cuidados de saúde, educação e serviços públicos, investir em políticas industriais são prioridades para os trabalhadores”, dizem os sindicatos.

Segundo o CGIL, houve a participação de mais de 70% dos setores de metalomecânica, agroindústria, química, borracha, plástico e têxtil, construção e mobiliário em madeira, comércio, serviços e transportes terrestres, marítimos e aeroviários. No setor aéreo houve o cancelamento de mais de 100 voos ITA Airways.

Orçamento de 2025 na Itália

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, aprovou o Orçamento de 2025 em 16 de outubro. As medidas estimam gastos aproximados de € 30 bilhões com incentivos sociais e outras medidas.

Um destaque é um benefício de € 1.000 (R$ 6.340) para pais de recém nascidos com renda familiar de até R$ 40.000 euros anuais (R$ 253,7 mil).

Para assegurar os recursos, o projeto prevê cortes de 5% nas despesas de diferentes ministérios, com exceção do orçamento para a área de saúde, que terá um aumento.

“Como prometemos, não haverá novos impostos para os cidadãos. 3,5 bilhões de euros de bancos e seguradoras serão atribuídos aos cuidados de saúde e aos mais vulneráveis para garantir melhores serviços e mais próximos das necessidades de todos”, afirmou Meloni.

Fonte: Poder 360
Data original da publicação: 30/11/2024

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