Trabalhadores de fast-food retomam discussão sobre salário mínimo no mundo

Há três semanas, trabalhadores de redes de fast-food dos Estados Unidos (EUA) entraram em greve para protestar contra o salário mínimo do país: o equivalente a US$ 7,25 (R$ 17,40) por hora. Os manifestantes brigavam pelo dobro. Em nota aos seus clientes, divulgada na segunda-feira (19), o ConvergEx – grupo norte-americano de consultoria financeira, com atuação nos setores de comércio, intermediações financeiras e investidores institucionais – afirmou que a questão do mínimo deve ser discutida em todo o mundo.

Para os estrategistas da empresa, fora dos 20 países listados pela revista The Economist, e excluindo Itália e Alemanha que não se utilizam deste benefício, o salário mínimo dos EUA é o sétimo do mundo, na média. Segundo eles, o salário mais baixo do planeta é o de Serra Leoa, onde os trabalhadores recebem apenas US$ 0,03 (R$ 0,07). Entre as economias em desenvolvimento, a Índia apresenta o maior desequilíbrio, com US$ 0,28 (R$ 0,67). Em contrapartida, a Austrália paga o maior salário mínimo mundial, US$ 16,88 (R$ 40,45) por hora.

Traduzindo os números: se o salário mínimo norte-americano pular mesmo para US$ 15 (R$ 35,95) a hora, ficará em segundo lugar como o mais alto da economia mundial. Entre os países que também figuram nesta lista, estão a França, com US$ 12,09/hora (R$ 28,97), a Nova Zelândia, com US$ 12,18 (R$ 29,19) e o Reino Unido, com US$ 9,83 (R$ 23,56). O Brasil, com seus US$ 1,98/hora (R$ 4,75) perde apenas para Rússia, China, México, Filipinas, Afeganistão, Índia e Serra Leoa.

Para demonstrar como chegaram a esses números, os estrategistas do ConvergEx calcularam o número de minutos necessários de trabalho para se comprar um sanduíche de uma rede de fast-food conhecida em todo o mundo, já que a discussão partiu de uma greve dos funcionários desse setor. As disparidades do chamado “Big Mac Index” são assustadoras: na Australia, onde o mínimo é o maior do mundo, um trabalhador precisa de 18 minutos para adquirir um sanduíche. Nos Estados Unidos, onde surgiu a discussão, 35 minutos. No Brasil, 172 minutos. E, na Índia, são necessários longos 372 minutos.

Fonte: Jornal GGN
Data original da publicação: 20/08/2013

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