Eduardo Miguel Schneider

Em movimento típico para essa época do ano, houve uma pequena retração no número de trabalhadores ocupados em janeiro. Esse resultado foi parcialmente compensado pela saída de trabalhadores do mercado de trabalho, de modo que a taxa de desemprego tenha permanecido relativamente estável. No conjunto das regiões pesquisadas, a taxa passou de 9,8% da população economicamente ativa (PEA) em dezembro para 10,0% em janeiro.

Nos últimos 12 meses, a taxa de desemprego metropolitana brasileira apresentou pequeno crescimento. Em janeiro do ano anterior ela havia sido de 9,5% da PEA (frente aos 10,0% atuais). Esse crescimento reflete a expansão do desemprego ocorrida em quase todas as sete regiões metropolitanas pesquisadas [1]; com exceção da Região Metropolitana de Porto Alegre, onde registrou pequeno declínio e na Região Metropolitana de Fortaleza, onde não variou.

O rendimento médio real dos ocupados declinou 0,8% em dezembro de 2012, encerrando o período em R$ 1.583. Já nos últimos 12 meses a tendência foi de crescimento nos rendimentos: entre dezembro de 2011 e de 2012, o rendimento médio real dos ocupados aumentou 1,8%.

A massa de rendimentos dos ocupados é a soma de todos os salários e remunerações que os indivíduos recebem pelo seu trabalho. Portanto, é o volume de recursos que os trabalhadores dispõem para consumo, pagamento de dívidas, etc. Nesse sentido, é um importante indicador de futuro da economia, visto que revela o seu potencial de consumo. Nos últimos 12 meses, findos em dezembro de 2012, a massa de rendimentos dos ocupados expandiu 4,6%; resultado de crescimentos do nível de ocupação e dos rendimentos médios reais.

Nota

[1] Regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal.

Eduardo Miguel Schneider é mestre em Economia do Desenvolvimento pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS); especialista em Gestão Pública Participativa pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS).