Sindicatos espanhóis anunciam manifestações contra cortes

As principais centrais sindicais da Espanha anunciaram um calendário de mobilizações iniciado na quinta-feira (13/06), em rejeição aos planos de austeridade impostos pela União Europeia (UE) e acatados pelos governos do continente.

Organizada pela Confederação Europeia de Sindicatos (CES), a campanha, sob o lema “Por uma Europa Mais Social e Democrática”, começou com uma concentração na sede da Comissão Europeia, em Madri. O objetivo foi pressionar a UE para que mude de maneira radical as políticas de duros cortes sociais e trabalhistas e para que cumpra com os compromissos de impulso à economia e ao emprego.

Os líderes da União Geral de Trabalhadores (UGT), Comissões Operárias (CC.OO.) e da União Sindical Operária (USO) explicaram que o grosso das manifestações na Espanha acontecerá domingo (16/06), assim como no resto dos países da UE.

“Ao longo dos últimos três anos de programas de austeridade, não foi registrado resultado positivo, muito pelo contrário”, afirmou o secretário-geral da UGT, Cândido Méndez. Segundo ele, as coisas têm piorado, com maior destruição de postos de trabalho e a ampliação da crise na Europa, inclusive em alguns casos com quebra do país.

“Estamos em um túnel no qual não se vê nenhum tipo de luz para um futuro melhor”, disse Méndez. A ideia dos sindicatos é mostrar aos governos, antes da cúpula de chefes de Estado de 27 e 28 de junho próximo, a oposição aos programas baseados puramente na austeridade e que provocaram grande sofrimento à população e um deterioramento do modelo social.

“Os sindicatos exigem uma mudança das políticas de estímulo, começando com o seguimento dos compromissos assumidos na cúpula realizada há um ano, na qual se falou da união bancária, mas que só ficou em um discurso”, sublinhou Méndez.

O líder das CC.OO. e presidente da CES, Ignacio Fernández Toxo, recordou que, em três anos de austeridade, a Europa passou de 24 a 26 milhões de desempregados. Por último, o secretário geral da USO, Julio Salazar, defendeu “uma resposta social na Europa, que faça chegar ao Conselho o discurso da cidadania ante políticas econômicas enfocadas a eliminar direitos.”

Fonte: Opera Mundi, com Prensa Latina. Texto adaptado
Data original da publicação: 11/06/2013

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