Professores de São Paulo continuam em greve e apostam na ampliação do movimento

Professores da rede pública estadual de São Paulo, reunidos em assembleia na tarde da última sexta-feira (20/03), decidiram pela manutenção da greve iniciada no dia 16 de março.  Segundo balanço da Apeoesp (sindicato da categoria), a paralisação chega ao fim de sua primeira semana com adesão de 60% da categoria.

Segundo Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, presidenta da Apeoesp, na próxima semana serão reforçados os diálogos com professores e pais sobre as razões que levaram, mais uma vez, a categoria a decretar greve, depois de o governo estadual voltar a mostrar intransigência durante o processo de negociação. “Na próxima semana a paralisação será intensificada.”

Ainda segundo o sindicato, cerca de 5 mil professores foram ao vão livre do Masp, na avenida Paulista para a deliberação e seguiram em passeata pela rua da Consolação em direção à praça da República, por volta das 16h.

Entre as principais reivindicações da campanha salarial deste ano estão aumento de 75,33% – para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior – e implementação da jornada do piso. Os professores também reclamam do fechamento de salas de aula e a consequente superlotação e reivindicam contratação de concursados, garantia do abastecimento de água em todos os estabelecimentos, medidas de prevenção à violência e aumentos dos vales alimentação e transporte.

“Nós não vamos aceitar o fechamento de salas de aula, a superlotação e a continuidade da precarização das condições de trabalho dos professores”, declarou Bebel.

A próxima assembleia será no mesmo local, na sexta-feira (27/03). Também está previsto um ato nacional de professores contra cortes de recursos públicos, sobretudo federais, para o setor, no dia anterior.

Fonte: Rede Brasil Atual
Data original da publicação: 20/03/2015

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