Mercado demonstra relativa estabilidade da taxa de emprego

Eduardo Miguel Schneider

Em julho, o número de ocupados declinou em duas importantes regiões metropolitanas brasileiras: Região Metropolitana de São Paulo (-0,5%) e Região Metropolitana de Porto Alegre (-0,4%). Nas outras três regiões investigadas, o nível ocupacional permaneceu relativamente estável: Região Metropolitana de Salvador (-0,2%), Distrito Federal (-0,2%) e Região Metropolitana de Fortaleza (0,1%). Esse comportamento conjuntural da ocupação não é usual para esse período do ano, no qual, segundo a sazonalidade anual típica do mercado de trabalho, ocorre a retomada da ocupação. A comparação dos resultados de julho em relação aos resultados registrados em igual mês do ano anterior, ou seja, afastando-se os efeitos sazonais, corrobora a tendência de redução da ocupação: constatou-se retração do nível ocupacional em todas as regiões investigadas, com destaque para as regiões metropolitanas de Fortaleza (-6,2%) e de Salvador (-5,5%).

A taxa de desemprego total, em julho, manteve-se relativamente estável na maior parte das regiões e somente aumentou na Região Metropolitana de Salvador, onde a taxa atingiu 25,7% da População Economicamente Ativa (PEA). Já a tendência da taxa de desemprego total nos últimos 12 meses persistiu sendo de crescimento em todas as regiões pesquisadas, com destaque para o forte aumento ocorrido na Região Metropolitana de Fortaleza.

Em junho, o Rendimento médio real dos ocupados declinou na maior parte das regiões investigadas, somente na Região Metropolitana de Salvador os rendimentos aumentaram em termos reais. O Distrito Federal continuou a registrar o rendimento mais elevado entre as regiões pesquisadas (R$2.818). Por outro lado, o menor rendimento foi observado na Região Metropolitana de Fortaleza (R$1.281). Já a tendência do rendimento médio real nos últimos 12 meses foi de redução em todas as regiões, com destaque para a retração real de 9,0% ocorrida na Região Metropolitana de Salvador.

Nos últimos 12 meses findos em junho, a massa de rendimentos reais dos ocupados declinou em todas as cinco regiões pesquisadas. Nessas regiões, a diminuição da massa de rendimentos foi determinada pelo impacto conjunto do declínio nos rendimentos médios reais e na ocupação.