Menos metas, mais saúde: um estudo sobre o sindicato dos bancários de São Paulo

Autor: Leonardo José Ostronoff
Orientador: Iram Jácome Rodrigues
Ano: 2015
Tipo: Tese de Doutorado
Instituição: Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Sociologia. Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Repositório: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Resumo: Esta pesquisa procura entender a ação sindical brasileira diante dos impactos do regime de acumulação flexível sobre o país. O setor escolhido foi o bancário, justamente porque ele está no centro do capitalismo financeiro. Nos bancos brasileiros, inúmeras mudanças aconteceram na gestão do trabalho, mas a principal foi a transformação do bancário em um vendedor de produtos. Com isso se desenvolveram técnicas de controle do trabalho como o sistema de metas de produtividade. Este, por sua vez, gerou uma pressão demasiada sobre os trabalhadores e instrumentalizou o assédio moral como instrumento de gestão. Tal fato provocou o adoecimento da classe trabalhadora constituindo um novo elo entre os dirigentes sindicais e os trabalhadores. Os sindicatos, que em 1990 atravessaram uma profunda crise no país, agora, devido ao sofrimento dos trabalhadores com a pressão para o cumprimento de metas, conseguiram se reaproximar de sua base de representação. O sindicalismo não chegou ao fim, nem mesmo saiu do espaço político de lutas. Por meio das políticas de denúncia ao assédio moral nos locais de trabalho e de combate às metas abusivas, restabeleceu seu papel de movimento, tornando-se novamente atuante na contraposição às empresas e na defesa dos trabalhadores.
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