Ligeira variação positiva da taxa de desemprego em fevereiro

Eduardo Miguel Schneider

Em movimento típico para esta época do ano, houve retração no número de trabalhadores ocupados em fevereiro (-174 mil trabalhadores ocupados). Esse resultado foi parcialmente compensado pela saída de trabalhadores do mercado de trabalho (92 mil indivíduos). Ainda assim, o número de desempregados aumentou em 82 mil pessoas e passou a totalizar 2,3 milhões de trabalhadores nessa condição no conjunto das sete áreas metropolitanas pesquisadas [1]. A taxa de desemprego metropolitana brasileira apresentou pequena variação positiva ao passar de 10,0% da população economicamente ativa (PEA) em janeiro para 10,4% em fevereiro.

Nos últimos 12 meses, a taxa de desemprego metropolitana brasileira apresentou pequeno crescimento. Em fevereiro do ano anterior ela havia sido de 10,1% da PEA (frente aos 10,0% atuais). Esse crescimento reflete a expansão do desemprego ocorrida em Belo Horizonte, Recife, Salvador e Distrito Federal. Em São Paulo a taxa manteve-se relativamente estável, não variou em Recife e decresceu em Porto Alegre.

O rendimento médio real dos ocupados declinou 1,8% em janeiro, encerrando o período em R$ 1.577. Já nos últimos 12 meses a tendência foi de crescimento nos rendimentos: entre janeiro de 2012 e de 2013 aumentou 2,2%.

A massa de rendimentos dos ocupados é a soma de todos os salários e remunerações que os indivíduos recebem pelo seu trabalho. Portanto, é o volume de recursos que os trabalhadores dispõem para consumo, pagamento de dívidas, etc. Nesse sentido, é um importante indicador de futuro da economia, visto que revela o seu potencial de consumo. Nos últimos 12 meses, findos em janeiro de 2013, a massa de rendimentos dos ocupados expandiu 3,8%; resultado de crescimentos do nível de ocupação e dos rendimentos médios reais.

Mais informações: http://www.dieese.org.br/analiseped/ped.html

Nota

[1] Regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal.

Eduardo Miguel Schneider é mestre em Economia do Desenvolvimento pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS); especialista em Gestão Pública Participativa pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS).

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