Invisibilidade social e saúde do trabalhador: dinâmica territorial do trabalho na coleta de lixo domiciliar urbano em Presidente Prudente/SP

Autor: João Vitor Ramos da Silva
Orientador: Antonio Thomaz Junior
Ano: 2016
Tipo: Dissertação de Mestrado
Instituição: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Faculdade de Ciências e Tecnologia. Programa de Pós-Graduação em Geografia
Repositório: Repositório Institucional UNESP
Resumo: Esta dissertação se refere ao trabalho situado “por detrás das lixeiras da sociedade”, protagonizado pelos coletores de lixo domiciliar urbano na cidade de Presidente Prudente/SP. Buscou-se evidenciar as rotinas e processos de trabalho desses sujeitos, identificando as consequências para sua saúde e de que forma o fenômeno da invisibilidade social ocorre no contexto laboral da coleta de lixo. A pesquisa incluiu levantamento bibliográfico voltado a três eixos-mestres – trabalho na coleta de lixo, saúde do trabalhador e invisibilidade social –, realização de entrevistas semiestruturadas com os sujeitos e agentes da pesquisa (coletores, sindicalista e representante do Ministério Público do Trabalho) e uso de informações secundárias de diversas fontes. Esse conjunto compôs as ferramentas analíticas empregadas para construir um enredo capaz de dar voz aos coletores de lixo. O trabalho na coleta é extremamente penoso e gera efeitos nocivos à saúde dos trabalhadores, em curto e principalmente em longo prazo, quando as dores no corpo tornam-se crônicas. Ademais, a invisibilidade social e a concomitante humilhação contribuem para precariedade laboral em termos da saúde mental dos coletores. Observa-se fragilidade na luta sindical no que tange a remuneração e aumentos salariais, e na própria relação com os coletores, embora haja algumas conquistas pontuais, como a obtenção e incremento de equipamentos de proteção individual. A insatisfação dos coletores com sua representação sindical frente à empresa empregadora, todavia, não é suficiente para ensejar uma articulação concreta entre os próprios trabalhadores, pelo temor de represálias ou da perda do emprego.
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