Grécia: FMI rejeita cortes na defesa em vez de cortes nas pensões

Na edição de domingo (14/06), o Frankfurter Allgemeine Zeitung cita sob anonimato fontes “envolvidas nas negociações”, que se dizem incomodadas com uma “situação completamente paradoxal: no fim quem decide o destino da Europa é uma instituição que não representa nenhum país”.

Para além de ter vetado uma proposta que poderia desbloquear um dos “pontos quentes” das negociações, o  Fundo Monetário Internacional (FMI) também é responsabilizado pelas mesmas fontes por outro episódio que irritou Bruxelas e Berlim. Quando os credores prepararam as propostas a fazer à Grécia, que exigiam um saldo primário de 1% do PIB este ano, acordaram uma margem negocial para aceitar como satisfatório um saldo de 0.8%. Só que Cristine Lagarde (diretora-geral do Fundo Monetário Internacional) telefonou no dia seguinte a Angela Merkel (primeira ministra da Alemanha) para fazer voltar atrás no que se comprometera. Assim, Jean-Claude Juncker  (presidente da comissão européia) perdeu margem de manobra quando apresentou a proposta a Tsipras, que reagiu apelidando-a de “inaceitável e absurda”.

Apesar dos avanços e recuos do FMI nas últimas 48 horas, prevê-se que os seus responsáveis regressem à mesa das negociações no domingo para analisar as contrapropostas gregas uma a uma. No sábado, o ministro grego Nikos Pappas reuniu com o chefe de gabinete de Juncker para preparar esse encontro com o BCE e o FMI, que pode ser decisivo para alcançar um acordo antes da reunião do Eurogrupo.

Fonte: Esquerda.net, com InfoGrécia
Data original da publicação: 14/06/2015

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