FMI diz que cerca de 20 milhões seguem desempregados na Europa

O Fundo Monetário Internacional, FMI, fez um alerta sobre os efeitos do desemprego na Europa.

De acordo com a chefe do FMI, Christine Lagarde, apesar de o continente estar saindo, lentamente, da recessão, o número de desempregados permanece na faixa de cerca de 20 milhões.

Mercado

Em artigo, publicado na terça-feira (28) na página do Fundo, Lagarde diz que a Europa só poderá vencer a crise quando as altas taxas de desemprego estiverem superadas.

Para Lagarde, duas tendências são preocupantes incluindo os altos índices de desemprego a longo prazo. Quase metade das pessoas fora do mercado de trabalho estão nesta situação há mais de um ano.

A chefe do FMI lembrou que o número de jovens desempregados também é desconcertante. Cerca de 25% dos europeus com menos de 25 anos não conseguem encontrar uma colocação no mercado.

Livro

Ela citou os casos da Itália e de Portugal, onde o desemprego atinge mais de um terço dos profissionais nesta faixa etária.

Lagarde comentou os dados do livro “Empregos e Crescimento: Apoiando a Recuperação Europeia”, de autoria de especialistas do FMI. Segundo a publicação, quando o desemprego é alto, o crescimento se reduz porque as pessoas consomem menos, e as empresas contratam e investem em menor escala também.

Os economistas do FMI acreditam que a melhor maneira de aquecer o mercado de trabalho é estimular o crescimento econômico.

Recuperação

Por esses cálculos, subir um ponto percentual no crescimento das economias mais avançadas do mundo levaria à diminuição do desemprego em cerca de meio ponto percentual, o que ajudaria a empregar mais de 4 milhões de trabalhadores.

Para tal, Christine Lagarde recomenda uma política monetária eficiente e políticas fiscais que protejam a recuperação.

A chefe do FMI afirma ainda que para a zona do euro, o reforço da estrutura institucional da união monetária tem de ser feito de forma urgente. Segundo Lagarde, medidas como essa podem ainda ajudar a reduzir a incerteza dos investidores.

O FMI defende também a redução da dívida do setor público e das empresas europeias.

Fonte: Rádio ONU
Texto: Mônica Villela Grayley
Data original da publicação: 28/01/2014

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