Desemprego deve cair para 6% na AL e no Caribe, apesar da escassa criação de empregos

O desenvolvimento pouco favorável da economia nos países da América Latina e o Caribe no segundo semestre de 2014, como a escassa criação de empregos, não impedirá que o desemprego urbano regional diminua ligeiramente este ano para até 6%, em comparação com a taxa de 6,2% registrada em 2013.

A informação é do relatório Panorama Laboral 2014 da América Latina e Caribe, produzido em conjunto pela Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (CEPAL) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Segundo a publicação, embora os dados dos países revelem uma grande heterogeneidade, a taxa de ocupação regional continuou a cair durante o primeiro semestre do ano, seguindo a tendência que se iniciou em 2013.

A taxa observada no relatório é de 55,7%, em comparação com os 56% registrados no mesmo período do ano passado. A queda se deve principalmente ao enfraquecimento da geração de emprego assalariado.

No Brasil, a queda da taxa de participação supera a taxa de ocupação em todas as faixas etárias, o que reduz a taxa de desemprego.

Entre o primeiro semestre de 2013 e o mesmo período em 2014, a taxa de participação dos jovens com 15 a 24 anos diminuiu de 52,8% para 50,2%, enquanto que na faixa etária de 25 a 49 anos caiu de 81,5% para 81,1%. Entre os adultos acima de 50 anos também foi registrado uma redução significativa, de 40,6% para 39,3%.

“Nestas circunstâncias, e por mais paradoxal que seja, a queda da taxa de desemprego não é uma notícia totalmente positiva. A queda na participação laboral que está por trás da diminuição do desemprego tem um impacto sobre a autonomia econômica de uma proporção cada vez maior da população, especialmente as mulheres”, afirmaram a secretária executiva da CEPAL, Alicia Bárcena, e a diretora regional da OIT, Elizabeth Tinoco, no prefácio do relatório.

Acesse o estudo na íntegra, em inglês ou espanhol, em http://bit.ly/1ydLT9J

Fonte: ONU Brasil
Data original da publicação: 17/11/2014

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