Declínio das ocupações na principais regiões metropolitanas

Eduardo Miguel Schneider

Em novembro, a ocupação apresentou declínio nas regiões metropolitanas de Fortaleza (-1,1%), de Porto Alegre (-1,1%). Na Região Metropolitana de Salvador e no Distrito Federal o nível ocupacional variou positivamente em, respectivamente, 1,3% e 0,9%. Na Região Metropolitana de São Paulo o contingente de ocupados permaneceu estável (0,1%). Afastando os efeitos sazonais, a comparação dos últimos resultados em relação aos registrados em igual período do ano anterior corrobora tendência de redução da ocupação em todas as regiões investigadas, com destaque para as regiões metropolitanas de Fortaleza (-6,0%) e Porto Alegre (-4,5%).

A taxa de desemprego total permaneceu estável em todas as regiões investigadas em novembro, como resultado da expansão ocupacional (Distrito Federal e Salvador) e da saída de trabalhadores do mercado de trabalho (Fortaleza, Porto Alegre, São Paulo).

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Já a tendência da taxa de desemprego total nos últimos 12 meses permaneceu de crescimento em todas as cinco regiões pesquisadas. Os maiores aumentos ocorreram nas regiões metropolitanas de Porto Alegre e São Paulo.

Em outubro, o Rendimento médio real dos ocupados declinou em quase todas as regiões pesquisadas – somente na Região Metropolitana de São Paulo permaneceu relativamente estável. Também a tendência do rendimento médio real nos últimos 12 meses foi de declínio em todas as regiões, com destaque para a forte retração experimentada na Região Metropolitana de São Paulo (-10,3%). Em termos de valores absolutos, o Distrito Federal registrou o maior rendimento e Fortaleza o menor.

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Nos últimos 12 meses findos em outubro, a massa de rendimentos reais dos ocupados declinou em todas as regiões metropolitanas com dados disponíveis. Nessas regiões, a diminuição da massa de rendimentos foi determinada, em maior medida, pelo declínio nos rendimentos médios reais e, em menor, pela retração na ocupação. Cabe destacar a expressiva redução da massa de rendimentos na Região Metropolitana de São Paulo (-12,9%).

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Eduardo Miguel Schneider é economista, técnico licenciado do Dieese; doutorando em Economia do desenvolvimento no PPGE/UFRGS/Bolsista CNPq.

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