Centrais sindicais fazem mobilização contra a Reforma da Previdência

Em ação nacional de conscientização sobre os risco de aprovação da Reforma da Previdência de Temer/Bolsonaro, as centrais sindicais, junto com o conjunto dos sindicatos, federações e confederações, realizaram na quinta (22/11) o “Dia Nacional de Reflexão e Mobilização em Defesa da Previdência e da Seguridade Social”. Em vários estados, ocorreram assembleias de trabalhadores e panfletagens nos locais de trabalho, praças públicas e ambientes de grande circulação.

“A ideia é mostrar ao trabalhador e à trabalhadora o que esconde essa reforma. Ela não só acaba com a aposentadoria, ela condena milhões a uma vida de miséria e sufocará a economia de mais de 4 mil municípios do país”, alerta o secretário de Previdência, Aposentados e Pensionistas da CTB, Jadirson Tadeu.

Para o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, abandonar um modelo coletivo de financiamento por um individual, como é o caso da capitalização da Previdência, colocaria em risco a sobrevivência econômica de mais de quatro mil municípios que vivem dos benefícios previdenciários. “Está claro que essa é a demanda do mercado e daqueles que financiaram e apoiaram o golpe, por isso insistem na pauta”, ressalta.

O dia 26 também foi de mobilização contra a proposta de extinção do Ministério do Trabalho e em defesa da previdência social dos trabalhadores. Foram realizados atos em frente às sede do ministério e em todas as Superintendências Regionais do Trabalho nos estados.

Campanha permanente

Construído pelo Fórum das Centrais (CTB, CSB, CUT, Força Sindical, Intersindical, CSP-Conlutas, NCST, UGT e CGTB), a ação do dia 22 é o gatilho para Campanha Permanente em Defesa da Previdência lançada no último dia 12 de novembro. Na oportunidade, um documento com os princípios gerais para a garantia da universalidade e do futuro da Previdência e da Seguridade Social também foi divulgado pelas entidades.

Adilson Araújo salienta a centralidade da pauta e destaca que o diálogo e orientação na base, bem como com a sociedade de maneira geral, será a chave para barrar a proposta que ameaça o maior sistema de distribuição de renda do mundo.

“O empenho de todos e todas será fundamental para barrar qualquer proposta que acabe com a nossa aposentadoria ou que fragilize nossa Seguridade Social. Logo, daqui pra frente a orientação é: dedicação total na realização de assembleias, diálogos, panfletagens. Nosso objetivo deve ser sempre o de esclarecer a população sobre os riscos que a proposta de Temer/Bolsonaro representa para os nossos direitos e nosso povo”.

Para Vagner Freitas, presidente da CUT, é fundamental que a classe trabalhadora se mobilize em todo o país em defesa das aposentadorias. Segundo Vagner, a defesa do maior patrimônio da classe trabalhadora, que, segundo ele, é a Previdência pública, será a primeira e principal batalha que os trabalhadores e trabalhadoras irão travar com o governo após o processo eleitoral. “É muito importante a participação dos sindicatos e dos trabalhadores e trabalhadoras para barrar qualquer proposta que acabe com a nossa aposentadoria, assim como fizemos no ano passado”, enfatizou Freitas

Na manhã do dia 22/11 foram realizadas atividades nos seguintes estados: Bahia, Ceará, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Sergipe (SE).

Fonte: Vermelho, com CTB e CUT
Data original da publicação: 22/11/2018

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