Brasil se tornou referência na relação de trabalho nos últimos 20 anos, afirma OIT

Com o tema “A crise no emprego: desafios da inspeção do trabalho na garantia dos direitos do trabalhador”, o 33º Encontro Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho (Enafit) reuniu representantes de instituições trabalhistas do Brasil, Uruguai e Espanha. O evento aconteceu em João Pessoa entre os dias 14 e 18 de setembro.

Para o vice-diretor e responsável do Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Stanley Gacek, o país tem avançado na inspeção do trabalho e se tornado referência mundial. O representante da OIT usou como exemplo de progresso a criação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel, que tirou mais de 50 mil trabalhadores em condições de trabalho escravo.

Segundo ele, nos últimos 20 anos o país tem sido referência de boas práticas na inspeção do trabalho para o mundo. Gacek destacou como exemplo “a criação e as realizações do Grupo Especial de Fiscalização Móvel, com mais de 50 mil trabalhadores resgatados das condições de trabalho escravo no país”.

Para Gacek “a incorporação avançada de trabalho decente e dos mecanismos de diálogo social no Brasil serão imprescindíveis para enfrentar os desafios imediatos da crise econômica e política”.

Também foi discutido no encontro o aumento do trabalho informal consequente da globalização no Uruguai. Para Pedro Osuna, presidente da Associação dos Inspetores do Trabalho do Uruguai, a globalização descentraliza as relações de trabalho e explora o empregado. A crise econômica mundial que gerou desemprego na Espanha também ganhou espaço na discussão. Para a representante do Sindicato dos Inspetores do Trabalho da Espanha, Mercedes de La Cruz, a crise econômica deixou vulneráveis principalmente os menos qualificados, que demoram cerca de seis meses para voltarem ao mercado.

Segundo o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho, Carlos Silva, “as formulações de políticas públicas dirigidas às políticas de emprego e renda devem ser desenvolvidas com o objetivo de proteger o cidadão e o desenvolvimento econômico”. Para Silva, é fundamental que o direito do trabalho e o desenvolvimento socioeconômico prevaleçam sobre os interesses de empresas.

Fonte: ONU Brasil
Data original da publicação: 22/09/2015

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